segunda-feira, junho 10, 2002

O Tempo

Ah tempo! Já conversei muito com você, chega de brigas, já cansei das suas tentativas de impor-me respeito.
Hoje entendo, não é você que me impõe a fugacidade do mundo, e sim eu mesmo quem crio as próprias velocidades. Meia hora pode tornar-se em eternidade, bem como um dia bom fluir na sensação de 15 minutos passados ao lado de quem se ama.
Agradeço pelas brigas e incessantes noites acordadas que duraram pouco menos que uma hora, embora fosse minha vida que estivesse correndo por ela.
Entendo então que farei dos momentos bons a eternidade, e das sinuosas e tristes brigas, alguns segundos de uma vida tão comprida e que não valerá à pena lembrar destas. Mas os conhecimentos cá sempre estarão, neste blog, nestes escritos, em qualquer tempo que puder achar em meu dia, e encontro mais que 24 horas, pois o tempo pára se eu quiser, eu posso fazê-lo. Sinto hoje que o mundo pára, capacidade de imortalidade, pelo menos por um instante, eu controlo tudo e aproveito então esse momento de crendice no meu ser.


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