quarta-feira, abril 24, 2013

Sem tempo

Parece o tempo correr apressado quando se foge. Vem lambendo os pés e garantindo a todo instante que a falta de ar nos pulmões é fatídica. E que não importa onde se meta a cara, mostrará um relógio estridente dizendo: "suma daqui, atrasado!". E vai insistir em cada tentativa de distração "tic-tac!". Tic-tac. Tic-tac.

Poderia tentar uma outra abordagem. Tic-tac. Não.

Vou adiantar o rascunho. Tic-tac.

As equações? Não. Tic-tac.

E... tic-tac.

Tic-tac.

Tic-tac.

Tic-tac.

Já não sei mais. O que eu deveria...?

Tic-tac! Tudo errado!

Consumido e triste.


terça-feira, abril 02, 2013

Insano

E tem essa violação. Do espaço. nos jogando um pouquinho mais pra lá. Do que vemos, oferecendo algum líquido para nos ajudar a engolir.

Difícil fechar os olhos. Melhor, não dá. Já se viu o bastante para deixar de se conseguir imaginar.

E essa dor toda faz pensar a razão de todo esse rancor. A vontade de apedrejar e, no fundo, sentir esse medo absoluto de sentir o impacto de cada pedra na própria carne.

Vítima e agressor. Culpando-se por projetar-se vítima e olhar-se através dos olhos do terceiro. E o contrário, desejando saber se se percebe as reais emoções de agredir, em tudo isso.

Se, nessa fase houvesse uma possível troca de papeis, ficaria tudo em paz? Não tornaria amena essa dualidade? Haveria um vilão e um heroi?

Seria menos sombrio conter ambas as personalidades? E muitas mais? Tal que não se fosse possível encontrar um estereótipo detestável, pronto para ser julgado e estraçalhado por quem não pode assumir que possui alguma parcela. De culpa, de ideia e de pensamentos tão detestáveis.

Ocorre que não somos senhores de nós mesmos. Há bastante tempo. Rezamos, diariamente, para conseguir separar as mensagens noturnas das loucuras diárias. Sem sucesso. Dá sempre aquela sensação de não estarmos vendo o que realmente ocorre; sendo na maior parte do tempo benvindo. Noutras, caímos na real.

La la la la la! La la la la!!

Bim bom, bim bom!

Tá tá tá.

Zzzzz