quinta-feira, dezembro 25, 2008

Pseudo

Não importa a época, o ato de perdoar continua sendo egoísta.
Pois o livrar-se de algo é necessário para aliviar o peso das costas e permitir o recomeço anual. O principal é abster-se do julgamento dos fatos já esquecidos, ainda que se mantenha o pé atrás, como que por reflexo condicionado.

O egoísmo é pleno posto que o arrependimento não é esquecido e a indisposição permanece para aquele que executou os fatídicos. O perdoante troca a roupa suja, e sorri de cara ao vento, enquanto que a angústia dos ecos dos erros atordoa, ou deveria.

Reconciliação é o bom-dia do fim de ano.