segunda-feira, setembro 29, 2008

Sisudez

Antirrealista. Incoerência da dificuldade de ponderar aos culpados a culpa natural e silenciosa. Se o próprio reclama que desconfia da razão, deveria se calar e aproveitar o prazer da culpa. Pois a incerteza tempera irracionalmente a intensidade tendenciosa da dúvida. Materializar, ao menos. Senão, o oposto é mínimo.

A certeza diminuiria a imensidão de possibilidades e o reduziria aos ocorridos.
A surra desejada, ao menos moralmente, não funciona para esse tipo. O que vale é a criação de um teatro onde a personagem sente durante o espetáculo. Nos camarins, ri do pouco caso da tristeza falsa e faz pouco da maquiagem barata. Nem se olha no espelho.

Que olhos veem? O turbilhão continua a enjoar os olhos que ainda veem. Por quanto tempo mais será preciso?


segunda-feira, setembro 22, 2008

Uma questão de Olhos

Os olhos que vêem a felicidade parcial sufocam a mísera imparcialidade desejada do próximo. E cega e destrói qualquer guarda já baixa pela situação indefesa.

A guerra silenciosa prosseguiu tempo demais. O suficiente para desistir do combate. O oponente lutou até o cessar-fogo da derrota anunciada. O único intuito era mostrar quem ali mandava.

As trincheiras continuaram sorrindo em meio ao caos. Pois não conseguiam enxergar o que ocorria, seus olhos não eram obtusos como se demandava. Mas sorriam, pois os rifles olhares soltavam pólvora e para alguns olhos eram fogos de artifício.

Eram belos, lúdicos, fantásticos...

Prefiria a cegueira dos olhos fechados, certamente.


quinta-feira, setembro 11, 2008

A parte

A qual parte de qual todo deveria pertencer parte ou todo de mim? Pois sem evento trágico, nem assentamento de terras, dilúvios, chacoalhões e pés, porque haveria de sensibilizar-se perante o mesmo dia-a-dia pouco mudado.
Porque faz sentido.

Faz sentido dormir no fim do dia e acordar cedo. Mas os ébrios dormem pouco, dormem enquanto acordados e enganam bem os observadores.
Mas eles são felizes.

Não sinto calor com essa roupa, nem frio. Adapto-me bem.
Do que estava falando mesmo? Bom, ninguém sabe onde se pertence, mesmo.