sexta-feira, junho 07, 2002

O Começo

Falei do fim, que tal o começo p'rá hoje?
O começo de qualquer escrita é apenas uma aperrinhação de algo natural ou sobre-natural que despenca bem na minha frente; isso mesmo, uma folha que cai, o balanço de um ônibus, talvez até o abrir e fechar de olhos lento depois de uns goles a mais de vinho, quem sabe o frio que subiu na minha espinha semana passada. O brilho de cada pessoa, enfim, aquele mendigo que quase caiu na sua frente e te deu medo, mesmo se desculpando, ele dava medo. Ah, mais este é o começo de um escrito, um pensamento que caberia mto bem a este site, desde as folhas ásperas em vasinho de uma festa de formatura quanto o brilho das pedrinhas do asfalto que simulam um céu estrelado numa cidade poluída; quem naum tem cão, caça com gato uai!

Falo então da primeira coisa que escrevi, (deveria ter vergonha na cara e ter guardado, mas sinceramente, não sei o que fiz com aquela poesia). Não me lembro exatamente como foi o dia, mas era julho de 2000, eu era louco por uma menina, e pra variar, não correspondido; veja só, resolvi fazer como os grandes sábios, imortalizar a idéia do fracasso e fazer disso uma recordação "boa", não somente uma tristeza, tristeza de um poeta, comum não?. Aí foi que começou toda a minha brincadeira de escritor, poeta, filósofo ou qualquer coisa que você quiser me entitular.

O começo de um amor é uma simples troca de olhares sem segundas objeções, no momento obviamente. Pois verrá que depois disso não mais a terá com o puro olhar ingênuo de menino, mas com desejos de ir além. Isso não indica que será perverso; querer ir além não quer dizer desrespeitar; mas antes que queira ter alguém a seu lado, não pense em tudo o que eu escrevi aqui, serão tantas complicações que o afastará da pessoas e se encontrará como eu agora, um alguém que comenta todas suas sensações, pensamentos e planos, sabendo que grande parte destes sao inventados, imaginados e vividos no mais são platonismo.

Até pra falar o óbvio acabo por complicar as coisas, e se o meu começo não fosse complicar, o que seria do meu fim senão a coisa mais simples do mundo. Complico no começo pra simplificar no fim. Óbvio?

obs: começo a querer sair daqui, antes que eu comece a continuar os escritos... volto à Machado, este sim conta bem a estória de sua vida, inventada ou não...(chega!!!)...


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