segunda-feira, novembro 02, 2009

Novos Ares

Sempre o pé esquerdo primeiro. Depois o direito se emparelha.
A vista está um pouco embaçada enquanto o mundo ainda gira.
O tapete tecido xadrez de azul, marrom e bege é novidade.
As preces chegam a Meca, ainda que pelo caminho mais distante.

As coisas mudaram, mas não é isso. No íntimo há um desejo de ser algo, embora não haja força para tal.

Estar preso pelas convicções é o amadurecimento necessário em hora inoportuna.
Se os mentores se afastam, é hora de mostrar que não são mais necessários.

Custe o que custar.


Pedra e Ponte

Tinha uma ponte por sobre um ribeirão. Pequena e pequeno.
O grande número de pedrinhas em que minha mão estava, passou pouco a pouco ao fundo d'água.
A água reclamava respingando, não sustentava o pedrisco, recolhia as gotas, e esse se depositava calmamente no leito.
Perdi a conta de quantas chegaram ao fundo, mas nenhuma seguiu a correnteza.


domingo, novembro 01, 2009



Pombas do tamanho de galinhas. Folhas secas no gramado tingido da terra vermelha, e que apesar do tempo seco, insiste em ficar verde. A terra cede e se desfaz, o que é vivo não.
Enquanto o vento briga com a água, esta cede, a árvore resiste.
Há de resistir.