quinta-feira, janeiro 18, 2007

Do desconcerto, só mais um pouco...

De tudo largo mão a planejar.
Assim será a vida apenas plano,
Longe de terminar em engano.
Capaz assim de todos os males curar.

Que pequeno fosse o mundo,
Sem paisagens a descobrir,
Ou sonhos por perseguir,
Quereria vivê-lo a fundo?

Do desconcerto há certeza,
Aceito de cabeça baixa,
Não importa o que acha,
Pois em desistir não há beleza.

Terá grand finale inusitado,
Ainda que, no fundo, crente.
Como explicar a toda gente,
Que o sonho está terminado?


quarta-feira, janeiro 10, 2007

Do Conjunto das Pessoas Complexas/Imaginárias

Certamente algo que fascina na matemática é a oportunidade de encontrar correspondentes no cotidiano para entidades próprias.

Abstração por ela mesma, por que não tamborilar os dedos e gravar alguns trechos de voz?

Pessoas são compostas por uma parte real e outra imaginária. Devemos tratar a imaginária como sendo perpendicular àquela real, i.e., caso imagine alguma característica que seja, de fato, real, esta é, por definição, real e não imaginária, portanto. Em outras palavras, não existirá idealismo que corresponda à realidade das pessoas.

De outra forma, cada pessoa, que uma primeira conheça, pode ser pano de fundo para uma projeção de idealismos. Ainda, podem existir as pessoas que são inteiras idealismos, inteiras reais ou uma combinação das duas coisas.

Interessantes são aquelas com a parte imaginária nula. Seja pelo método de acabar encontrando quem corresponda aos idealismos ou à simples ausência destes. Pessoas sem a parte imaginária não são encontradas se pensando no assunto, já que pela lógica, elas seriam imaginárias.

Por fim, no caso da vida, não misture o conceito complexo/imaginário... possuem significados diferentes e certamente qualquer forma de defini-los ocasionaria má interpretação. Barroco à parte, termino por aqui. Sem a definição da complexo/imaginário.