domingo, junho 02, 2002

Delírio

Os tempos não voltam mesmo, definitivamente.
Eu, analista íntegro, de todos à toda hora, vi-me analista de mim mesmo. Perdi qualquer sentimento que satisfazia meu ego por ser o que sempre fui, analista.
Pude sempre dizer sim ou não às atitudes alheias, quanto às minhas, sequer pensei, nunca as tive.
Agora tenho de pensar no eu.. não! não! não é poeta, é real, sofrimentos ou tristezas futuras, propostas, são minha causa, e não mais posso vê-las friamente.
Não mais sou aquele júri que apenas visualiza a situação sem ver precedentes, analisa apenas os fatos. Vejo eu hoje, desde o meu nascer até agora, e sei que não seria de mim recusar qualquer convite com objetivo de conhecer os códices do conhecimento humano. Se o posso fazê-lo, e sempre o quis, que juiz seria eu para recusar a um encarcerado, o desejo merecido de liberdade?


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