quarta-feira, março 30, 2011

Retiro

Do excesso de ocorrências e sensações difusas, pausa.

Para respirar e afinar o discurso que ecoa, se explicando, torturando justificativas da ausência nos últimos dias. Razões que quase transbordam mas, por um fio, ainda permanecem sob um frágil controle.

E se servir, o retiro, apenas para confundir, ao invés de reduzir o efeito das má interpretações? Seja por intensificar tudo o que penaliza o lapso de sentir-se apto ou trazer temerosas inquirições e mirabolantes suposições ao invés de respostas! Ah, condutas ou falta de escrúpulos!

E se a verdade não for mais secreta? E se a plateia aguarda apenas um único diálogo para continuar a cena? Distanciar-se neutralizaria a confusão de papéis, sendo respirar fundo, a dica para [apenas] continuar?

Mas, as reviravoltas virarão história... Da correta decisão de seguir com os preceitos.

Cabe apenas costurar o antes com o depois.

E quando tudo o mais não importar,
O tempo resolverá o restante,
Confirmando nossos papéis.


quinta-feira, março 24, 2011

Desse Silêncio

Fato persistente esse silêncio!

Das e nas vozes que ecoam insistentemente, que arrastam para longe o impulso de romper com a razão. De dizer as inúmeras palavras criadas recentemente. Não aquelas mantidas da admiração de amores escritos, copiadas de vidas de outrem, ou imaginadas de personagens criativos. Novas! Sinceras! Sem máscaras.

Ouvinte algum saberia diferenciar, porquanto julga inexistente o belo real. Pretere viver algo parcialmente conhecido a se arriscar em mil novidades. Ainda que as peças mudem conforme o jogo, e não conhece o quanto crê.
Por razão fica, insistentemente, o silenciar.

Porém, evita a má e qualquer interpretação.
Pois a vida não é conservativa. E mudar o que foi interpretado erroneamente é desgaste em excesso. É tolice. É perder a desejada sintonia imediata, a completude! É o fim antes do começo... Ah!

Se as palavras não serão ouvidas ou lidas, contemple o silêncio, pois.
E contemple o silêncio.
De ambos.
Sem imaginar, sem supor.

Apenas o silêncio.


segunda-feira, março 21, 2011

Condução

Não nos dizem o que nos incomoda. Ou o que julgamos que precisaríamos. Que transparece na irritação diária e não tem clara razão.

A imagem pronta é a utilizada, típica, construída pelas nossas vivências e faria pouco sentido informar a alguém que, suas características, podem ser mudadas.

Compreendo.

Talvez a má interpretação do aceite completo. Ou que estamos rumo à perfeição, ao viver dia após dia, nas vírgulas construídas de análises entre quatro paredes.

Revelações demoram para serem aceitas. Pois é preciso fechar os inúmeros pontos dantes não compreendidos. Resta muito ainda.


- Moço!? Desço no anterior... Obrigado.


sábado, março 05, 2011

Interroga

Apreciaram minha inspiração onde pouco fui capaz de criar ou imaginar tudo o que era usual. Entre linhas nas quais os personagens de hoje eram apenas os mesmos protagonistas de outrora, com suas vivências e lembranças um tanto difusas. Que sofreram algumas reviravoltas, indas e vindas, mas sendo sempre dois, em distintos caminhos. De cacos juntados para criarem as belas distintas formas de ambos. Ainda que velada a parte que deseja comum: arriscada e incerta.

O tempo apagaria falsas grandes afinidades. Como o excesso de afetações poéticas possuem curta duração e se esvaem quando se perde as sensações, tempo depois de esquecer a fonte e motivo.

As reais retornam num estalo, com a enxurrada de memórias e poesia. O momento de êxtase inicial dá lugar à ausência das criações de outrora. Encanta mais, surpreendemente. Atos se dissociam da escrita e fala, ainda.

Há um certo controle, cuja explicação não convence.