sexta-feira, setembro 16, 2011

Algo


A história corre sempre no mesmo lugar. Palcos presenciam diferentes necessários espetáculos! A bagagem a torna outra, sincera, num gozo de se permitir às conclusões de novas reflexões. De se ater ao que o sonho não foi capaz de criar: a realidade imprevista e recíproca. Manhosa e brincalhona! Cúmplice, no olhar rápido a um lado e outro, certo de que não se é observado. Pronto, é permitido ser e sentir.

Que sentidos novos são estonteantes, algum idoso deve ter bradado alegremente. O que a juventude pouco entende é o que esteve adormecido, guardado, respirando o encanto ressonante d'outra alma. Aguardando o transbordar de uma janela aberta com vontade, deixando o ar, luz e calor entrar. Que a insistência em descrever é a certeza de nunca achar a correta forma, que tudo o que se sente é mais e que vale a pena curtir o silêncio e a leitura daquele olhar. Dessas expressões puras e mais profundas do que o limite de nossa razão e controle, que angústia alguma é capaz de exprimir palavra.

Por tempo qualquer. E para sempre.

Há um novo senso, sentido.

Estende a preguiça de ter sono. Até se esquecer o motivo.
E essas projeções de faróis de carros, rápidos... Fazem do teto do meu quarto um... Retrato?

Amanhã é outro dia!

Quem sabe posso vê-los novamente.
Saciar essa vontade de ser parte de mistério.
Parte de história.

De reflexo.
De mim mesmo.


sexta-feira, setembro 02, 2011

Num Ponto

A pausa é tempo infinito. De respirá-la quanto se faça necessário a iniciar um novo tempo, que pede tal pausa. Encontra em novo espaço o conjunto de doutrinas aceitáveis ao novo, uma correção entre palavras de um longo texto já escrito.

O manuscrito, rascunho rabiscado e adicionado de uma porção de orações tal a tornar outro o que já estava escrito. Intensificado, pontuado e reafirmando os eventos que estão porvir. Quase sem espaço, comprimida entre duas palavras, dias, um "v", aditivo, um funil, vale, que concentra tudo num só ponto, para que assim comece a fazer, ser, o correto sentido, mais completo.

São inserções necessárias, retificações que incluem novos modelos de percepção numa igualitária e bem-vinda troca de formas, iluminadas insistentemente. As antigas silhuetas permaneceriam a cobrir as imagens que surgiriam a seguir. E se movem, deixando entre danças prazerosas o sabor e cor das novas luzes. Da fumaça que torna a luz visível no espaço, se enforma do sensual e inebriante movimento, do movimento, movimiento!

Ah! E se move!!

Como toda a fluidez natural desejada, antes e temporária, represada por fim algum, sem razão, tocada pelos ventos rápidos que pouco causam. A não ser o desejo de ser liberto. Sim. Assim como nas últimas semanas foi, em que águas fluidas como o próprio vento, sonha ter peso algum, e se permitir levar ao longe, mais do que si própria, os sabores de tudo que já tocou.

Liberto, não só.