segunda-feira, maio 19, 2014

Destino

Tem um mapa enorme daqueles que fazem questão de simplificar a grande bagunça (metro)viária dos grandes centros urbanos. O que é curvo vira reta e as montanhas, pontes e túneis são belamente ignorados. Igualmente espaçados estão as paradas do caminho, numa sucessão tranquila, asséptica que aniquila os muitos chacoalhões do percurso. Os trens brigam com essa simplória representação, gritam a cada curva, como se precisassem [se] lembrar aos outros que nada daquela idealização pode ser tida como real.

Ao destino se chega de muitas formas, como se cada troca fosse imediata. Difícil é descobrir o que evitar, pois os que há muito estão no caminho nada podem fazer ou ajudar.

Para os trens, é sempre "em frente".