terça-feira, junho 04, 2002

As Decisões

Antes de tudo, há um eu poeta e um real.
Ao poeta diz-se "decisão" algo misterioso e complexo, traz tristeza, e muita, mas sabe que no fundo estas decisoes foram só imaginadas, por situações imaginadas, e quanto às consequências jamais poderia se preocupar, pois elas não existem, pois a situação inteira não existe. É tudo invenção.
E ao real, de tamanha angustia de ter as soluções p'rá todos os problemas, vê se na necessidade de pensar, de se atirar de um prédio, ou mesmo não ter fome fim a pensar sobre todos os atos cometidos. Os dias, as horas passam e nada de decisões, sequer alguma solução. Eis o dia em que se toma a decisão de não ter mais decisões, dificil decisão pois não há certeza sobre o futuro. Muito supérflua esta decisão.
Se naum tomasse a decisao de não ter mais decisões, e não precisasse amanha voltar atrás, saiba que naum haveria o porquê de existir o meu poeta. Se é ele que serve pra complicar as coisas.
E se não houvesse vc, que lê as coisas que escrevo, o que seria do meu eu poeta, um mudo, calado. Mas e quanto a decisão de começar a expôr as idéias dele.... Quer saber de uma coisa, decido agora, adiar as todas as decisões...


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