terça-feira, junho 18, 2002

O Real

Hoje, bem melhor do que ontem, não sei se por causa do crepúsculo ou se por causa da exaustão. Mais acredito naquilo do que nisso. Bom, foste um dos mais belos que já vi, não pela sua beleza em si, pois até que era meio feio, mas a realidade o fez diferente de todos os outros idealizados que já tinha antes visto. Mais real do que nunca se fizeram as feridas, impressionistas como todos escritos, mas ainda sim feridas superadas, marcadas em meu coro como forma de preservação das memórias.
Acompanhado pensa tu que eu estava, ora não cansaste de saber que vivo sempre só. Era eu e eu mesmo, somente nós a observar o céu estrelado da calma e quase pantanosa avenida paulista.
Ainda sim a comentar a beleza do crepúsculo, fiz-me distante do mundo encontrando refúgio o mais longe possível, talvez por isso o tão feio pôr-do-sol fez-me feliz. Um dia isolado basta para tomar-se o rumo de casa, se bem que sem casa, não há rumo p'rá se tomar, mas fica esta sensação.


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