sexta-feira, agosto 30, 2002

Martelo

Que martelo é esse que insiste golpear-me a cabeça quando mais calmo estou?
As perguntas questionavam o por que do não, e um possível, e ainda a pior de todas as perguntas que poderiam acontecer: o que eu haveria de ser para ter-te em meus braços.
Como um desalento que lamento não sentir o perfume de seus cabelos, a seda de sua face, bem como doce colo tão desgostoso de mim.
Declamadas ao céu pareciam naturais, indicadas ao mais belo infinito, os brilhos de outros mundos nunca dantes navegados.
Declamei os versos ao céu, pois nunca questiona os meus dizeres e ainda, por vezes, lacrimeja alguma ponta de estrela.
Ora, se fosses o céu, ouvir-me-ias, saberias o que tenho a dizer: nada.
De tão distante faz-me errante, ombros dados a um alguém tão bem findado.


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