segunda-feira, agosto 26, 2002

Traição

De que valeram as promessas de vitória nos campos de batalha; e os ideais comuns, que aos berros ecoavam em todos os cantos das vilas? De que valeram os desejos de liberdade se não pude usufrui-la quando pude em conjunto com os comprometidos.
Depois de todas as lutas, o fim é tomado por uma emboscada armada pelo meu braço direito. E as malditas promessas de um sábado azul, de um domingo estrelado, e um raiar de sol incomum na segunda cedo...de que valeram?
O fim? Não há posto que as memórias dos desejos é infinita, não vedes que continuo a querer os campos férteis a sul? A bendita terra que nasci, a que dei meu sangue, minha fúria.
Em troca tive apenas a pérfida honra dos falsos combatentes. Ainda tenho minha alma, talvez minha história de mártir em algum dialeto da idade média. Senão fui para a maioria, fui alguém ao menos para mim.



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