segunda-feira, agosto 05, 2002

Rosas p'rá Quê?

Se não tenho um amor pra comprá-las. Nem brigas pra usá-las no reconcílio. De que servem, ó sangrentas rosas?
Procuro as rosas azuis, gélidas como eu sou: exata e sem amor.
Quão mais doce fui, mais docemente massacrado estive; nas solas dos sapatos das luzes deste céu tão claro e tão falso.
As palavras calmas e tranqüilas foram ridicularizadas pelas de baixo calão, instigando uma resposta não minha. Recusei o pedido incessante de hostilidade, martirizando qualquer forma de sossego que o fim de semana trouxera.
Amasso todo o buquê que seu seria, e somente não as jogo em seu rosto por dó destas rosas tão frágeis que prediz toda a minha melancolia.
Imortalizo-as na memória, é nada mais nada menos que uma homenagem às minhas fraquezas, é o tributo de todos os meus fracassos.


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