quinta-feira, julho 04, 2002

Eis aqui um manifesto que escrevi, eram idéias e precisavam ser expressas, não o escrevi hoje, mas no mais tardar em uma semana em ponho a data correta do escrito.

Manifesto

Camaradas,

Evoco assim não por ser em prol do comunismo, mas antes que pensem do que eu sou a favor, vejam o que importa esta carta:
Cansei de ver os sábios incultos jogados pelas guias, sabendo que inteligentes são, mas esta maldita ordem o fizeram assim.
Não digo que todos formados são sábios, mas os sábios formados movem o mundo. O que vos impedem de ter educação? Os interesses da esdrúxula camada que está no poder.
Antes que digas que a burguesia fede ou coisa semelhante, saibam que generalizar pode ser um grande erro, pois a burguesia que os fazem escravos é na verdade a alta burguesia, que por cegueira e distância que mantém de vocês não sabem como está a real situação. Eles são culpados por não saber que teus filhos passam fome, e que acordam enquanto é noite, para, ao nascer do sol, operarem as máquinas; faça chuva, enchente ou sol.
E não pensem que isso irá mudar do dia para a noite, por mais que um governante queira, uma grande parcela pode não querer, e assim se faz os desejos da estúpida elite latifundiária. Por vezes sonegadora, e influenciadora -senão dizer manipuladora- do congresso, muda as leis do país para tudo continuar do mesmo jeito. Ah! se tivéssemos um pensador conosco. Por que não começamos agora mesmo a exigir os direitos?
Eles têm medo que seus filhos sejam incompetentes e percam o poder ministrado há 500 anos. Mesmo com elevado grau de educação, eles [filhos da alta sociedade] não se importam com o estudo, e os piores estudantes destas sociedade particular é ainda sim, por muitas vezes, superior aos melhores que freqüentaram os restos do ensino público. O que 500 anos fizeram: a distância entre meu ensino e o de vocês. Se o que precisam é de um alguém que ligue estas duas classes, não tem nojo, nem fala pelas costas, sequer os usam para ter votos: cá estou!
Prometo ajudar quem quiser ser ajudado, mas não pensem que sou cegamente a favor de toda a camada pobre. Não pensem que são vítimas. Por mais que o sejam, jamais usufruam disto para explicar a preguiça e/ou a falta de vontade de querer mudar a situação. Não sou a favor de invasões, nem badernas. Seres humanos pensam, e interrompem pensamentos com o grito e não com a destruição. Se querem destruir o pensamento elitizado de um governante, o faça com o grito, digno será este que abaixar a cabeça para vocês.
Sou a favor do trabalho para quem pode trabalhar, e o meu trabalho não vai sustentar o ócio de um cidadão com saúde. Nem as altas taxas que pago todos os dias dever ser usadas para manter os vagabundos.
Muitos querem a mudança, muitos arrumam desculpas. Fico com quem quer as mudanças, pois a desculpa é o maior pretexto que há para sustentar a preguiça de querer a mudança.
Se esta é a bandeira de vocês, camaradas, fico contente, um dia vamos mudar esse país, espero que os problemas cotidianos sejam como pedras em vossos sapatos, e com o tempo, impossibilitados de caminhar as joguem no pensamento político deste país. E farão isso todos juntos, a união faz a força, e assim, quem sabe, mudarão este país.

Tensiosamente
Leonardo Monteiro Mazzariol
(Poeta, idealista, louco, revoluciónario..e ainda ser humano)


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