segunda-feira, setembro 16, 2002

Horizonte da Praia

Estava deitado em um dos braços estirados. Olhei para o horizonte e o que fiz foi tocá-lo com os dedos.
Idiotice acreditar que estava tocando-o. Quando abri o outro olho vi que meus dedos eram curtos, o horizonte gigantesco. Não tive nenhuma vontade de ter dedos maiores ou braços mais longos, senti na verdade um nojo deste horizonte que me tanto despreza. Fiz o mesmo, horizonte ridículo!.
Nunca precisei dele, sou inútil e disso já sabia. O que ele fez foi somente dar salvas às minhas memórias já muito bem lembradas.
Já sou incapaz de tudo, incapaz de ter o que tanto quis. Desdenho até o céu, mas não o quero!


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