segunda-feira, setembro 30, 2002

Amar

O abandono das causas que um dia o fez viver não é nada abrupto de se fazer, posto que as circunstâncias desmerecem os desejos antigos. É abandono e depois será retomado, pois tratando-se de projeto e não realização permite estas pausas reflexivas. Futuramente o verá e analisará as possíveis mudanças. Estas atingiriam toda a fachada bem como todo o interior. É fato que mudar-se-á todo ele, mas façamos por partes.
Antes amar a física por falta de mulher, e odiar a física por falta de reconhecimento da mesma. Ame então a ausência de todas as coisas, suas companias (feminina ou física), tal qual te machucaram quando ergueu-se para abraçá-las. Duas tais que são símiles: impossíveis de se entender.
Ame o nada. Sempre no local desejado quando mais se precisa.
Ame o que não existe.
Ame todos os seus sonhos.
Ame sim quem você gosta, que nunca estará ao seu lado.


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