sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Contraponto

Possuía outros interesses. Paixões que o hipnotizavam. E virava a cabeça para seguir com os olhos.
O pescoço oferecido era presenteado com beijos, carícias e o que mais podia publicamente. Não repercutia. Aqueles beijos, quase puxões, visando um pouco mais de atenção, eram incrivelmente em vão.

Não importava o que ela fazia, olhava para outra coisa. Um outro mundo. Estava em sintonia com o que quer que fosse, uma ligação transcendental com o que via. Decisões racionais ou impulsos não têm a mesma ordem de grandeza e sequer fazem cócegas ao que fora nascido para admirar. Evite interrupções, pois já é sabido que o estado de ambos é passageiro.

Seja na admiração, seja na tentativa.


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