terça-feira, julho 27, 2010

Sinto, muito

Resquícios de questões virtualmente inacabadas, cujos ecos de lembranças atormentam o passivo e desesperado sonho diurno.

À noite, quando os carros já pararam de passar, sem reflexos de lanternas correndo as paredes em mil direções. Sem o som dos sapatos apressados, de passos curtos, com frio. Sem vontade alguma de revisitar as terríveis verdades de outros tempos. Permaneço, acordado.

Amores com threshold, passíveis de término com a mudança de lua, subida de maré. Vento noroeste. Tempestade se aproximando. Fatos históricos não tão sólidos assim. Relíquias de Atlantis, submersas em algum lugar. Sólidas sim, mas condicionadas a permanecerem no tempo e espaço inicial. Estáticas.

Conforme o tempo passa, novos planos de projeção aparecem, dando novos significados às antigas verdades. Permitindo, ainda, algum novo tipo de lógica para acalmar racionais perturbados, diariamente.

Sinto, muito.


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