quarta-feira, junho 16, 2010

Suposições

Você sai e me deixa com esse silêncio.

Então eu imagino o que você diz ou está pensando, mas não sou tão criativo. Minha representação de suas ideias são sempre tão previsíveis ou mirabolantes, de excesso ou simplórias. Tão minhas... tão não suas. Qualquer explicação imaginada é tão exagerada frente à realidade. Fato.

Esqueço que às vezes as pessoas encontram as palavras certas logo de cara, ou procuram-nas antes de pronunciar qualquer coisa. Personagens são previsíveis para quem conhece muito das pessoas, intimamente. Não é o meu caso.

Ainda tento entender suas razões. Mais incógnitas que informações, acabo criando estórias, vivencias e um conjunto de razões absurdas, respeitosamente. Esqueço sempre da simplicidade.

Sequer me olha nos olhos, como se lá não estivesse. E sai, rapidamente. Seus cabelos estavam molhados, vi de relance. Estava linda, é verdade, lembrava uma daquelas moças de desfiles.

Pensando bem, parecia atrasada.

Mas isso é só suposição.


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