segunda-feira, setembro 26, 2005

Eterno

Por que deveríamos nos limitar aos significados das palavras? Livro-me da necessidade de continuar sendo escravo das interpretações de dicionário.
Ah! Quisera eu viver passeando pelos novos sentidos das antigas palavras, a vontade recente de criar um novo mote para a velha estória de caminhar pelas ruas, pela garoa.
Da vida que já foi vivida e que com certeza será nova a alguns passos a frente, mesmo que tudo isso não exista e um lapso de tempo distancie o portal dos sonhos da realidade.
Talvez isso também não exista, pois não houve caminho algum percorrido que fez elo entre essas duas possibilidades.

Que parte disso tudo não existiu?
Ou melhor, que parte disso tudo existiu?

Necessário, em tais circustâncias, criar um meio termo entre existir. De certa forma é um pouco incômodo questionar-se sobre a realidade, mas também não se pode excluir a vivência limítrofe da vivência real. Se vivemos um sonho, como podemos dizer que não vivemos, ou que é sonho? E se lutamos pelo sonho, quem dirá que não o viveremos?

Que eterna seja a dúvida.


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