quinta-feira, setembro 08, 2005

Dos Dias e das Noites

Antes que os atropelos façam parte irremediável da corriqueira vida, tenho pedido por colheres de chá. Melhor estas do que xícaras inteiras que esfriam enquanto se espera o tempo passar.
As atuações das noites certamente nos remetem a vivências escusas, um mal necessário para a formação de um nosso bem-estar maior. O problema nisso está na falta de capacidade que temos de, alcoolizados, controlar nossos instintos e anseios por respostas... Provavelmente, sem as perguntas devidas. Aliás, quanto às perguntas, saibam que elas nem sempre são efetuadas, é sabida a necessidade de ter respostas dos nossos instintos em detrimento daquelas racionalmente propostas.
Respostas ruins, quase sempre. Ou, ao menos, aquelas já conhecidas. Ninguém consegue inovar nessa terra de comunidades, de pessoas invariavelmente repletas de frases perfeitamente já utilizadas, sem a criatividade de copiar frases boas nunca ouvidas.

Tratemos dos personagens noturnos. Estes são de fato charmosos, mesmo que se retenham em sua ínfima capacidade de sedução. Aliás, deve-se ter como principal qualidade o mistério que ronda as pessoas intocáveis. Ainda, é possível acreditar que nesse mundo misterioso haja simplesmente nada, mas o fato de interesse é que o mistério é fundamental para qualquer jogo de sedução.

É melhor acreditar que atrás das nuvens estão as estelas do que se conformar que não é possível vê-las.


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