domingo, novembro 17, 2002

Desumana

Não devia ter feito.
Não devia.
O dia em que a Terra devia ter parado.
O dia em que acordei,
Não devia ter acordado.
Não me venha com aquelas palavras sábias,
Desista de dizer que não houve falha
Nem pena aceito porquanto não mereço.
Fruto dum ano inteiro,
Das horas extraordinárias,
Da farsa insistida.
O sacrifício de uma vida,
Em pouco tempo, destruída.
Pede, ainda, os olhos erguidos,
A cabeça levantada.
Não.


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