quarta-feira, julho 20, 2011

A Música

Ou as músicas. Em verdade, toda vez que a ouvia percebia outras gravações se sobrepondo, criando uma versão única, só dele. Como diferentes vivências ocorridas em um mesmo conhecido lugar.

Camadas e camadas de inúmeros acontecimentos no estático plano de fundo.

Um êxtase.

Enquanto numa corriam os instrumentos a seguir a batuta, noutra se admirava o eco e o valor do silêncio. Camadas. E alternavam, entre uma e outra, as vozes que contemplavam tais distintas formas e paixões. Ditavam os passos inesperados e a imprevisibilidade, um improviso planejado na cadência de cada um dos ritmos intercalados, harmoniosos, intermitentes.

Era musicada, composição do dia-a-dia.


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