quinta-feira, junho 16, 2011

Se é passageiro

Preso. Confinado em ver um só rosto de várias formas em tantas outras pessoas. Variações, afiliadas ou não, de tempo e espaço, a quem tentava percorrer outro confuso caminho - fuga necessária e poética, resultando em imprevisibilidades admiráveis.

Pois se é passageiro! Oras! A estória é escrita em todos os detalhes, cabendo aos personagens o comportamento de livre-arbítrio, com todas as saídas arranjadas para que cheguemos ao correto ponto, determinístico, divisor de águas de caráter e imagens!!

Mas se é passageiro, é fluido. Corre rápido a ponto de não permitir adequado registro da cena; retorna atores às posições diversas vezes para garantir as passagens e continuidade da película. Tudo é estória, afinal.

Sente-se dessa vez. Curta o infinito tempo improvável, desejado fato que povoou a imaginação costurada em sketchs desses olhos brilhantes!

Cenas novas hão de surgir de tempos em tempos. No fundo, evitar o som da alegre claquete é limitar-se à memórias de não-ocorridos, julgando desprezíveis as sensações incontroláveis diferentes em cada repetições. Ah! Insistir na reescrita é ater-se a uma perfeição inócua! É inevitável, pois! Que venha o novo!

Diferenças serão sutis aos mais atentos.
Que seja passageiro, passageiro.


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