segunda-feira, junho 27, 2011

Passo Curto

Um pé e depois o outro, sucessivamente.
É assim, mais ou menos, o silencioso murmurar de quem acaba de acordar e precisa descer escadas. Por mais tempo que se conheça, é sempre diferente.

Surpresas.
Mesmo, e até, em conhecidos caminhos.
Como o bater de asas de um aflito beija-flor abrigado da cinza e fina chuva paulistana.

Em permissão por uma fresta à janela se foi, contente.
Aliviado, tranqüilo.

Não foi o primeiro pássaro a aparecer por essas bandas, não o último também, em mais de uma visita. A liberdade é o sorriso mais belo que pode existir, lógica sempre de abrir as janelas.

Passo curto, de olhos fechados ou pouco abertos.
Outros sentidos...
Olhar para o que está perto, lado, não ao longe.


Um comentário:

Anônimo disse...

é o que digo: viver agora. Sem pensar no depois.
Lindo texto.