domingo, abril 03, 2005

Dissertação sobre minha forma de determinismo. em aberto

Preâmbulo Ao contrário da teoria original, acredito que realmente tenhamos o livre arbítrio (defino livre-arbítrio a capacidade de tomar decisão como quisermos, isso não significa ser diferente do que querem que a gente faça, mas indica que tomamos as decisões que quisermos baseado no que quisermos). Não é uma ilusão subjetiva, nós realmente conseguimos fazer o que queremos e quando queremos.

Acredito, e digo isso com toda a fôrça, que exista um inconsciente coletivo que aja de tal forma a harmonizar os inconscientes dos indivíduos. De forma alguma o insconsciente controla, simplesmente age de forma estranha. Imaginemos determinada situação em que seja possível seguir dois caminhos, ou, metaforicamente, abrir duas portas. O indivíduo posto em tal dúvida, deverá escolher dentre uma das portas para abrir e, se inicialmente, tem um impulso de abrir a porta da esquerda e por racionalismo ou outro motivo qualquer, abrir a esquerda, pode, aparentemente, surgir um problema de continuidade quanto a relação inconsciente do indivíduo e o coletivo. Pois, se houver tal situação, o inconsciente coletivo deveria ter previsto tal atitude, mas o consciente do indivíduo teria contrariado a 'intuição' composta pelo inscosciente do indivíduo e do coletivo. Chega-se a um ponto em que faltam 'dados' para se fechar tal problema.
Agora, a forma que eu vejo é basicamente a seguinte: O meio com o qual nosso inconsciente nos controla, seja por impulso ou pela intriga que nos leva a pensar, é justamente a forma de harmonia ministrada pelo inconsciente coletivo. Assim sendo, é como se todas nossas atitudes já estivessem escritas, mas não de uma forma estupidamente linear, mas sim na grande tortuosidade de uma vida 'normal'. O tempo todo sem podermos prever o que está acontecendo e ao mesmo tempo com uma sensação de que as coisas se encaixam.
A forma tradicional diria que não temos o livre arbítrio, mas, ao meu ver, cada um tem seu consciente que com certeza age com memória e mudanças ao longo da vida. A forma racional trataria das intrigas de forma diferente, e mesmo de um grande impulso para alguma atitude, haveria algum jeito de pensar para voltar atrás. Não questionarei a atitude de negar impulsos pois cada história pessoal levaria a uma atitude complexa e justamente é isso o que nos diferencia. Agora, voltando para o livre arbítrio, os acontecimentos justamente dão uma folga para que nos permitamos tomar decisões conforme nossa própria vontade. Temos sempre que tomar decisões, e estas podem ou não ser definitivas, i. e., poderemos voltar atrás e alterar mais uma vez o rumo das coisas. Aqui que está a grande diferença, nossas atitudes não são meras simulações, não é possível prever as consequências de nossas atitudes, uma vez que também não é possível definir quantas são as portas que podemos abrir quando temos algum problema. O inconsciente coletivo se adaptaria a esses novos estímulos e assim nos enviaria (ao inconsciente) novas informações.

Agora, acho que a sensação de falso livre-arbítrio deve-se à plena situação de acreditarmos que as coisas se encaixam sempre, dando crédito a uma prévia escritura para tais acontecimentos.
Por fim, a parte que realmente me intriga é termos uma percepção de podermos tomar decisões e contrariar nossa natureza frente ao nosso con e inconsciente e, apesar disso tudo, as coisas fluirem para um estado aparentemente previsto. Ou seja, independentemente da porta que eu resolver abrir, eu abrirei a porta certa. Consigo imaginar que a abertura dessa porta pode mexer com o inconsciente das pessoas e elas abrirem outras portas até que todo o mecanismo se encaixe. A ordem cronológica passa a ter um caráter um tanto quanto mais complicado quando tentamos encaixar o enorme emaranhado de vidas. Não tenho ainda em mente algo que consiga justificar ou ao menos me satisfazer quanto a essa questão, deixo em aberto esse ponto cronológico!!

Quanto ao 'acaso':
estou pensando a respeito... mas acho que é uma das questões mais paradoxais a qual cheguei.

Deixo em aberto e aguardo pontos de vista diferentes, iguais... enfim, pontos de vista.


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