terça-feira, abril 05, 2005

Constação um tanto quanto óbvia

Permanecendo nessa inquietude de abrir portas estupidamente fechadas e não se sentir tal qual Alice, vejo-me plena e sinceramente disposto a não tentar mais tal feito.
Abre a porta e age com indiferença: o conteúdo não transborda frequências naturais de minha ressonância. E, não muito obstante, não é possivel que eu consiga modificar qualquer forma minha que permita tal vibração.
Constato, com muito apego a palavras devidamente frias e quase ausência de zêlo, que tenho pouca vontade de continuar a usar essas chaves que não me dignificam nesses intentos e tão pouco satisfazem por sua lúdica ocupação.
Defino pois, com toda a virtude e fortuna que ainda me restar, que não devo permanecer por essas estradas, mas não me surge alternativa plausível que permita uma fuga amável para os problemas acima descritos. Assim posto, declaro-me isento de cumprir agendas futuras.
E uma vez que não será lido, pouco me preocupo com consequências.
Não há leitor que se sentirá tocado por tais palavras, pois sequer há leitor que possa lê-las.
Não há leitor, não há escritor.


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