sexta-feira, outubro 15, 2004

"E o tempo é só meu. Ninguém registra a cena,
De repente vira um filme todo em câmera lenta..."


Me lembro com saudade dos meus 20 anos. As noites eram longas e os dias não tinham fim. Indisposição era palavra banida do linguajar trivial do cotidiano.
Saíamos de balada quase todos os dias, não ficávamos condenados ao nosso próprio julgamento que emergia da fraqueza de nossa inócua existência. Românticos, sim. E sempre.
Olho meus pés e vejo como estão cansados, graças a outrora.
Seria inútil dizer que me sinto trancado em um asilo, tão condenado quanto todos aqueles que fizeram parte de um passado em rodapé de diários e colunas de escritos de outrem. Inútil pois, se não proferisse por livre e espontânea, não viriam aqui exigir minha vontade para tais escritos de longínquas memórias. Quase esquecidas, simplesmente.
Digo a vocês, jovens.
Vivam, pois o amanhã é triste.

Alfredo


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