quinta-feira, outubro 31, 2013

600-ésimo

A realidade não pode ser dura. Nunca é. Não se pode atribuir qualidade a fatos. Isto só é razoável por interpretação, comparação, projeção. Comparações são sempre estapafúrdias e enviesadas, bem com as interpretações que dependem muito de um plano de fundo e também pode estar sujeito às sensações. O ato de projetar é mais puro, embora o plano estrague tudo.

O problema é avaliá-las. Criar a lógica para poder conviver com algo é o ato duro, em si. Não acaba sendo o mundo duro por fruto de qualquer circunstância, mas sim a necessidade de absorver uma nova lógica que exige mudanças tão profundas as quais se perde o chão. E tenta se voltar à verdade íntima, no âmago. E passado o tempo, o resquício disso é a frustração de ter caminhado pouco ou quase nada!

Se almeja com toda a força uma nova lógica, uma outra razão que permeie nossos sentidos a esses estímulos tão contraditórios. Perde-se a força de ser crítico e deixa passar, por ausência de barreira e não por equilíbrio. Rompe-se a membrana. Deixa instável e meaningless.

Sua lógica para de servir a si próprio. Quanto mais distante do bom senso praticado, mais distante de acreditar em suas próprias crenças.

Um cansaço sincero, sadista, persistente.


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