sexta-feira, setembro 02, 2011

Num Ponto

A pausa é tempo infinito. De respirá-la quanto se faça necessário a iniciar um novo tempo, que pede tal pausa. Encontra em novo espaço o conjunto de doutrinas aceitáveis ao novo, uma correção entre palavras de um longo texto já escrito.

O manuscrito, rascunho rabiscado e adicionado de uma porção de orações tal a tornar outro o que já estava escrito. Intensificado, pontuado e reafirmando os eventos que estão porvir. Quase sem espaço, comprimida entre duas palavras, dias, um "v", aditivo, um funil, vale, que concentra tudo num só ponto, para que assim comece a fazer, ser, o correto sentido, mais completo.

São inserções necessárias, retificações que incluem novos modelos de percepção numa igualitária e bem-vinda troca de formas, iluminadas insistentemente. As antigas silhuetas permaneceriam a cobrir as imagens que surgiriam a seguir. E se movem, deixando entre danças prazerosas o sabor e cor das novas luzes. Da fumaça que torna a luz visível no espaço, se enforma do sensual e inebriante movimento, do movimento, movimiento!

Ah! E se move!!

Como toda a fluidez natural desejada, antes e temporária, represada por fim algum, sem razão, tocada pelos ventos rápidos que pouco causam. A não ser o desejo de ser liberto. Sim. Assim como nas últimas semanas foi, em que águas fluidas como o próprio vento, sonha ter peso algum, e se permitir levar ao longe, mais do que si própria, os sabores de tudo que já tocou.

Liberto, não só.


Nenhum comentário: