quarta-feira, dezembro 31, 2003

Ei-la

Para esquecer os fatos, atos contidos do bem dizer esquecido.
Do amor forjado em lentes falsas de fotografias branco e preto.
Os quadros ainda estão na parede, são os murais de lembrança de ti, no dia em que partiste.
Como Picasso, Volpi ou Tarsila, uma vez posto, adapta-se ao local, gerações passam e não se move.
Mas ainda, por mais que fosse isto que veio-me à cabeça, sua ausência devia esvair-se na parede, como já ficou impresso.

Sem você eu sou tudo, e em sua ausência fiz de mim o que sou, e lhe digo inda que u'a qualquer presença sua far-me-ia o desastre que antes era.
Se no faltar-te me fiz assim, por que haveria de querer-te novamente.
Sim, dissertar-te o bem querer, longe, obrigado.

Coisas que sempre estiveram, sempre existirão, cafona ou não, jamais deveria fugir da verdadeira essência de nosso bem estar. Bem dita seja o dia da chuva na paulista.


///pequena correção, para os amantes da gramática seca, "Bem dito seja o dia da chuva na paulista", embora, bem dita seja a chuva, e não o dia.\\


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