quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Afinidade

Voltava à casa pela belíssima, a avenida de minha terra. Donde muitos maquiados comemoravam um grande feito, iluminados de nova forma e cor especial. É de se prezar a falta de estima posta na maquiagem mas, aparentemente, não parecia relevante. Afinal, pode ser feito o que se quiser de alguém que conquista os objetivos, com a conivência plena. Talvez fosse esse o mote.

Mas não era essa a atração principal. Encolhida entre os prédios, num dos poucos momentos em estava farta, cheia de toda a existência reprimida. (Deveria ser dito que a periodicidade desse estado é bastante característica, mas não gosta de ser lembrada disso). Oras, era a Lua.

A representante confidente, tão compreensiva! Sabe que vez ou outra precisa observar alguns aflitos, ser solidária, ouvir, admirar e deixar ser admirada. Pois o que é visto é reflexo interno. Se amores, será ela a razão perfeita para escrever o brilho radiante de olhos tão formosos e seu destaque e proximidade dentre tantos outros astros. Poderia ser solitária também, como se vê.

Hoje possui afinidade, simplesmente. Sendo essa a característica mais importante. Posto que é compreensiva, caminha no deleite de todas as lindas manifestações antagônicas e explosivas, lado-a-lado.

Sentindo-se parte e todo.
Afim.


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