sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Meio tempo

Voltamos ao que somos, mais cedo ou mais tarde.
Assim como o dia vira noite. Da noite se fizera e retorna ao que é.

E se um dia houver o desejo pelo dia mais longo, cairá pelo mal da noite mais longa.
Certeza de que ambos terão a duração usual, porém as sensações prolongadas dos desprazeres será inexoravelmente vívida. Posto, claro, pelo desconcerto já há muito conhecido, as noites serão longas insones.

Carpe Diem dormindo. Os dias não têm a mesma cor de antes.
E como uma vontade absoluta que consome aos poucos, pelo desejo de desfazer-se em própria angústia, esvaindo o pouco que não se recompõe, um instante a mais na tentativa de torná-los: em vão. O dia merece pouco ou quase nada.

A noite tampouco.
Falta faz um meio tempo.


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