terça-feira, outubro 11, 2005

Dos Fatos Consumidos

Gosto amargo.
A vida que poderia ter sido e que não foi. Embora quisto, o curso não se alterou por minha causa, nada foi diferente
.
Fui jogado como passageiro numa nau, tempestade adentro e não me perguntaram se eu queria ir ao banheiro... eu dizia a eles que essa terra era quente demais e eles me atiravam baldes de água salgada para ver se eu acordava do delírio.

Eu disse tanta coisa... eu sabia desde sempre. Mas eles preferiram acreditar que eu tinha emoções, não que eu pensava.

Era mais cômodo acreditar que a terra plana era do que se aventurar numa futura realidade dos fatos.
Pois bem, com a descoberta da terra redonda, eles viram e vêem quem estava correto o tempo todo.

De que adianta?

De tanto receber castigos, já havia tomado minha decisão. Andei pela prancha, observei as estrelas e tive que retomar o fôlego, carreguei com força a esfera de aço amarrada ao meu pé. Respirei mais uma vez e a deixei rolar pela prancha até tocar a água. Pronto, enfim eu estava livre...


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