sexta-feira, maio 28, 2004

Tão só

O trânsito parou em algum lugar desta estrada. No assento do passageiro a vi retocando o batom, e depois, sorrindo pra mim.

Onde está você agora?

Lembro-me daquela vez que virou pra mim, sorriu e foi-se, parecia feliz. Estava feliz. Não parecia, estava, deveras. E a cada instante que a vejo me sinto como uma gota de chuva a cair nas pétalas de uma flor, tendo conforto imediato. Basta um sorriso, e só. Ou tudo. É tudo. Sim.

As fotos que tirei em branco e preto dos jardins tem côres. Se são meus olhos, diga-me que o que vejo é de fato o que existe. Não tenho a capacidade de criar tamanho esplendor. Não devo estar errado.

Sinto sua falta.


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