quinta-feira, abril 24, 2003

Vermes

Se o inferno por nossas cabeças fosse caindo, não haveria motivo algum para nos sentirmos pouco menos do que já somos. Somos nada. Somos o chão que houve de ser coberto por algo mais prestável que todos nós.
Os cemitérios grandes serião, lugares tranqüilos e calmos onde vivos nos visitam. Hoje somos mortos-vivos, nem mortos nem vivos preocupam em nos ver.
Que chame o inferno e deste ouvir-se-á a doce resposta a dizer que tome seu rumo e não perturbe o calmo lar. Os ecos não atingiriam o céu, tolice tentar.
Se na falta de tudo houver ainda voz a chamar,
Grite aos vermes para não demorarem,
Mesmo estando vivo,
É mais duro sentir que vivenciar,
Ou não.


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