Não importa quanto o tempo passe.
Em várias e algumas piscadas, os ponteiros se movem, as janelas abrem e fecham, acompanhadas das cortinas. Luzes acesas, sol, chuva, lua, nuvem, vento.
A folha na parede é limpa, riscada, comentada, apontada, rasgada. Periodicamente, páginas viradas. Novas imagens aparecem, paisagens de calor, folhas e frio. Além das propagandas, sempre inúteis. De vez em quando, nem substituído, apenas reposto. E ficam os registros vãos de tempos idos.
Ao canto, na verdade, centro do recinto. Permanece atônito calado, silencioso enquanto o mundo corre rapidamente. Vinte e quatro dias em um segundo. Imóvel continua. A ouvir o que aquele telefone dizia.
Sentou-se. E ecoava aquilo, enquanto o mundo voava.
E não importa quanto o tempo passe. Ecoava ecoa.
Repeating all over again. And again.
And again,
again, fiercely.
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