O amargor pode ser apreciado também, como o ácido com tanino ao enólogo treinado e falsamente ao pedante. Quem julga é culpado pela falta de bom senso ao crer na veracidade de informações ouvidas e má interpretadas, além de insistir irracionalmente por melhores oportunidades, ainda que as atuais ou futuras terão essas faculdades ou outras de mesma intensidade.
E o sonho é ter tal chance, de jardins cuidados, cerca branca, piscina e churrasqueira para juntar os inexistentes amigos. Afinal, projeções de ideiais atrapalham muito o andamento das coisas.
Ilusões de nova vivência recaem no velho prazer de um novo amargo, apaixonante como o Campari ou o Vinho, seduzido pela solidão de combinações pouco prováveis dessa extravagância. Decoração de bar, importante para o todo, ainda que não faça parte de qualquer classificação.
Ainda que sejam apresentados sabores e temperos, nada remove o amargor, uma guinada desejada aos valores já um tanto desgastados, padrões de comportamento de uma época em que não se vivia.
Os olhos ainda tentam piscar vagarosamente, para reverter o desprezo pelo tempo, fingindo uma importância de cada instante.
O relógio não anda.
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