Fui temente ao Desconcerto do Mundo assim como um fiel se diz temente à Deus. Pois, antes de tudo, sente medo das possíveis ações, depois acredita que se aderir às idéias e segui-las, estará longe dos males. Escrevo com letra maiúscula para empreender o significado imponente e até mesmo a grandiosidade do conceito.
Tive medo e temi, segui a risca o Desconcerto. Intuição suspirava aos meus ouvidos quão frágil poderia se tornar as bases de alguém temente à tal filosofia, quando desse com a realidade contrária dos fatos. Pra quê intuição, se todos os caminhos racionais levam a certeza de não contrariar o conforto de idéias? Do dormir em paz à noite?
Ah... o Desconcerto. A certeza de que o mais fiel pecará, não por vontade própria mas por descuido e ingenuidade.
Esperei na varanda de minha casa, sentado na cadeira confortável de todas as provas matemáticas e teoremas intuitivos, da vivência tranqüila das certezas imaginadas e nunca vistas.
Pois violaram a minha idéia e ideal, o Desconcerto. Todo ele, contra mim e tudo o que mais de mim fizesse parecer irreal. Questionou-me tal:
- Façamos o jogo sujo e veremos quem ganha?
Não dormi à noite.
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