- A chuva.
- Não é muito boa quando nos molha.
- Depende, se estiver indo pra casa, convenhamos, é prazerosa.
- Sim, mas só quando se volta para casa.
[Olhares...]
- Vê as pessoas, parecem mais calmas que o habitual. Eu as observo...
- O que acha delas?
- Serenas. Tranqüilas, pouco cansadas.
- É verdade.
[Sorrisos]
- Elas parecem mais calmas do que quando passamos observando-as.
- Nunca tinha pensado nisso.
[Tranqüilidade, olhares voltados levemente pra cima]
- Eu adoro esse lugar, esses jardins, traz uma paz...
- Eu também gosto do jardim, tanto verde... Viu que tem um pé de café?
- Jura?
- É, fica a esquerda.
- Eu amo café, todos os tipos, parece que o tempo pára, como agora...
- Gosto de capuccino... mas o melhor café, mesmo, que eu tomo é minha mãe que faz, quando vou pra minha casa.
[suspiros]
- Bem que poderia ter bancos nesse jardim, poderíamos ficar a conversar debaixo dessas árvores...
- Imagina se fossem redes, mais confortáveis que os bancos... não daria certo, ninguém assistiria aula. [risos]
- Seria preciso mais de um, assim a gente falaria sobre o outro banco, que teria um sol avermelhado e o balanço das sombras das árvores.
- Casais de namorados...
- Namorados, não. Eles não existem. Eu não os vejo.
- ...
- ...
- Está na hora de ir pra aula...
[Sorriso quase infinito, retido na expressão limitada de felicidade]
Esboçado em 18/maio/2004, revisado hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário