segunda-feira, junho 10, 2002

Cólera

Dizem os sãos tratar-se de sentimento ruim, pecado capital dentre outras formas cretinas de tratar tão belo sentimento.
Belo pois nunca a sentiram, se soubesses como é bom poder nomear o que sente; diferencia-se do amor pois pode ser assim descrita: ódio, raiva, vontade de morte; ao passo que o amor usa de todas as sensações e sentimentos e mesmo desta maneira não é descrito.
Tão belo pois divirto-me ao descrevê-lo, não que hoje eu o sinta, mas que já senti e muito, e sinto-me na obrigação de dizê-lo pois tive as memórias de fatos que me trouxeram este pecado. E se fico com os olhos ardendo ao escrever isto, imagine que não passa de fingimento, meu peito bate acelerado a lembrar da cólera que vivo, e que se não fossem vocês leitores, estaria guardada às sete chaves e enterrado em meu jardim.
Vedes sua amada aos braços de um outro alguém, se não vês imaginaste já, ora; sabes muito bem a tristeza que é, tristeza não, cólera... é mais forte que ciúmes, mataria se não seguisse ética alguma, ficarias sem fome, chorarias ao andar na rua imaginando a sua amada, amada que jamais poderia estar em teus braços, acorda e é isso que sentes na vida real, não foi sonho algum.
Peço desculpas por fazê-los de saco de pancadas.


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