São Simão. É a minha casa agora. Uma ligação direta cruzando vinte anos. Como se a sensação de casa tivesse de saltar uma ou mais gerações. Tal como a seca ou fenômenos complicados demais para serem justificados, sendo apenas ponderados, certificados, alarmados. Temidos.
Não haveria razão para tal.
Ao descansar sob essas condições, resgato um pouco de inocência. Que talvez eu nunca tive.
Enquanto que se corria atrás de chocolate, me lambuzava com uvas e mangas. O cheiro de manga dava para sentir do quintal. Era doce.
Doce bom, suficiente. Esquecia o tempo.
Como a cortina balança com a brisa leve da pequena fresta que restou na janela. Essa luz, o teto.
Tudo cumpre sua função.