As pás do ventilador...
A música ambiente...
A câmera, da estante, apontada para o quadro abstrato.
Os pés, em primeiro plano, o armário em segundo.
Eu, deitado na cama.
As canecas de café, repousando sobre os livros.
Os relógios parados a me observar.
A sombra do abajur clássico no criado-mudo.
Este último, me dizendo alguns conselhos e palavras de apoio.
O telefone, que outrora inundava o recinto de luz, estava ocioso.
A tartaruga-deusa a pôr suas nadadeiras sobre o mundo e transmitir a calmaria.
Os livros românticos e
exatas na estante. Empoeirados.
Minhas penas estão sem tinta, de tanto tentar escrever-te.
Como faria sem ter elos, sem um ponto de contato qualquer.
Você existe, e faz falta.