terça-feira, maio 14, 2013

Um manifesto

Haveria então uma possível nova lógica? Uma teoria ou modelo que fosse capaz de englobar e sanar todo esse incômodo. Não para aniquilá-lo, mas para mostrar que isso sim é a normalidade.

Que não inserisse esses elementos ausentes e tratasse como novo. Pois, não poderia existir tal definição! Uma vez que já existe. Reconhecê-lo não o torna novo e também não deveria haver oposição a ele, como existe a tudo que é "novo".

Ainda assim talvez fosse não uma "nova", mas uma outra lógica. Um estalo que permitisse que as ideias caminhassem lado-a-lado, nunca sendo excludentes. Esse outro plano que permite tudo coexistir sem interferência destrutiva. Onde talvez nós sejamos mais nós mesmos do que jamais tenhamos sido e isso só inspiraria a buscar o outro a sua própria profundidade.

O grande problema existencial seria não tentar se enquadrar em coisa qualquer, mas sim descobrir o que realmente ressoa internamente. Seria preciso viver. Com necessidade e consequência imediata de não classificar tais existências, visto que o modelo criado é inclusivo, não restritivo. Seria cercar os pontos regulares, frequentemente encontrados, e estabelecer a importância de todos os outros inclassificáveis, tudo o que não se conhece. É ater-se ao inseguro!

E, nessa base diferente, seria difícil usar padrões atuais. Não daria para andar junto com a maré, nem ir contra, visto que essa referência de "todos" não existiria. Uma forma comparativa poderia ser somente o caminho seguido que, certamente, não poderia fornecer informações diretamente úteis para os próximos passos.

Um avesso que não possui, não possuiu, nem possuirá, 'dentro' ou 'fora'.


segunda-feira, maio 13, 2013

Transbordo

Uma passagem qualquer. No início, talvez fosse o foco em outra coisa. Era isso, chamava a atenção para a conduta do afastamento e perdia mais tempo tentando evitar que se enxergasse o que não queria, mas já estava vendo.

Desistira. Com não muito tempo viu que tal conduta não era melhor que a anterior. Nem xiita, nem sunita. Nem coisa qualquer. Era necessário um modelo que não havia sido definido, uma conduta que não se conhecia. Uma novidade que lidasse com tudo o que já se conhece.

Uma transferência.

Que não fosse o transbordo de quem quer um vaso de água limpa e o vê transbordar por atentar a outra coisa.

Mas a mudança de margem. Que fosse de uma borda a outra. Que depois da travessia não se reconhecesse nem onde estava, nem onde se está. Pois, fato é, não existe mais a borda de saída e, certamente, a de chegada é bem diferente do que se imaginou.

Nisso, transborda-se aflitivo. Fugitivo.

Positivo.


sexta-feira, maio 03, 2013

Jogo

(1)- E maaaata no peito! Carrega a bola com habilidade, finta com categoria a falta de recurso. Minha Nossa! Passou pelo trânsito caótico sem perceber. Não é, caro Quartarolloooo?

(2)- Sem dúvida! Parece um daqueles dias inspirados que, não adianta chover, nada pode parar o meia, César! Quer dizer...

(1)- Um maestro! Mas a zaga não é boba nem nada. Se não é com habilidade, deve seguir o que o professor manda.

(Quebra! Quebra! Quebra!)

(2)- Essa torcida está parecendo mais UFC que futebol, não?

(1)- Eu sei que deu resultaaaaado!!! Vem driblando pela meia e... Reforma do Apartamento raaaaAAAaaassssssgaaaaaaa bem na bola. Ou melhor, bem na perna.

(2)- Fama de cai-cai é isso. Juiz nem marcou.

(1)- Jogo segue!