domingo, janeiro 30, 2011

O que há, afinal?

Se em todas oscilações, de maré e ventos, resta sempre o líquido de toda aquela bagunça de não se saber onde se fica, ou se está? E demora até instaurar a razão, para saber o que realmente aconteceu em tanto tempo. Enfim, o que é fato, dentre tantos pesos exagerados.

É concentrar-se em tudo o que foi déficit, ausente à vida inteira. De uma forma leve e cega de fugir de tudo o que já fizera com habilidade. Hoje, com nenhuma razão para acreditar, quando se engana em prol de novas faculdades e tudo o que é moderno. Insistir é aumentar o peso inconsciente e destruir a certeza do que antes era o correto, seguro.

E se perde, perde. Num papel que faz pouco sentido. A meio caminho do que já se quis, a muitos passos do que se julga necessário.

A ausência de relógio ajuda. Menos difícil não ter ideia do que era consumido quando o tempo corria, enquanto sentado em qualquer daqueles lugares.


domingo, janeiro 16, 2011

Da Vida

Cujos personagens não muito conhecem o roteiro, embora seus papéis sejam facilmente compreendidos pelos espectadores. Nessas inúmeras cenas montadas, os atores são os que mais demoram a perceber suas limitações, visto que os críticos se estreitam à ocasião e não vêem produtiva correção à novos espetáculos.

Pois, aqui, nada se repete. Não?

Não há improviso que não esteja escrito! Se fogem ao roteiro e respeitam o espetáculo mas não os papéis, deixam o silêncio d'uma conversa unidirecional, desconfortável, suplicante... Haveria de ser coletivo, recíproco, e sem ensaio!

Seria expor-se ao julgo de estranhos, íntima e profundamente. Ao papel de que se quer fazer parte, do sentir do dever, não o da exigência. Ao que pouco importa o redor e o mundo, mas se deseja não ser dissonante, agradar naturalmente, para fazer parte de algo além de monólogos.

Respeito de críticos? Nunca!